sexta-feira, 24 de maio de 2013

O CRISTÃO DEVE IR A GUERRA?


               



                   O nosso Senhor Jesus Cristo deixou-nos um exemplo para que seguíssemos as suas pegadas. Poderíamos nós, seguir as suas pegadas em um campo de batalha? Somos chamados a andar como ele andou. Será que ir a guerra é andar como ele andou? Ora! Falhamos em muitas coisas; mas se nos perguntarmos se um cristão for à guerra, poderemos responder fazendo apenas referência a Cristo. Como ele procedeu? Acaso ele veio destruir vidas humanas? Não foi ele quem disse que “os que lançarem mão da espada da espada morrerão.” (Mateus 26:52).Ele também disse “Não resistais ao mal, mas se qualquer te bater na face direita, oferece-lhe a outra.”(Mateus 5:39).Como podemos conciliar tais palavras com a ida a guerra?
                   Mas alguém poderá dizer:- O que seria de nós se todos adotassem tais princípios? A isto responderemos que se todos nos adotássemos tais princípios “celestiais” não haveria mais guerra e, portanto não precisaríamos mais lutar. Mas não é nossa responsabilidade ficar debatendo a respeito dos resultados da obediência. Temos apenas que obedecer a palavra de Deus e andar nas suas pegadas; e se o fizermos, com toda certeza jamais deveremos ser vistos indo à guerra.
                   Há aqueles que citam o versículo da palavra de Deus, Lucas. 22:36.O que não tem espada, venda o seu vestido e compre-a”, como sendo uma permissão para ir a guerra.Mas podemos ver que este versículo nada tem haver com a questão. Ele se refere a uma alterada ordem de coisas e na quais os discípulos teriam que enfrentar quando o Senhor fosse levado. Enquanto o Senhor estava com eles, nada lhes faltaria; mas agora eles teriam que enfrentar na sua ausência, o pleno combate com a oposição do mundo. Em resumo, estas palavras tinham uma aplicação totalmente espiritual.
                   Muito se procura usar o fato de o centurião de (Atos 10), não ter sido aconselhado a renunciar seu cargo. Não é feitio do Espírito Santo colocar as pessoas sob um jugo. Ele não diz ao recém convertido:- Deixe isto, deixe aquilo. A graça de Deus vai ao encontro do homem onde ele esta, com uma salvação completa, e então o ensina como andar de modo a apresentar as palavras e os modos de Cristo em todo o seu poder formativo e santificador. Porém, ainda há alguns que costumam dizer: - Acaso o apóstolo, em (1 Coríntios 7), não nos diz para permanecermos no estado em que formos achado? Sim; porém com essa poderosa cláusula classificatória: “diante de Deus”. Isto faz uma diferença muito grande. Suponha que um carrasco se converta; poderia ele continuar no seu estado? Talvez alguém diga que esta em um caso extremo. Certamente, mas é o caso em questão, e prova quão falha é argumentar utilizando (1 Coríntios 7).Isto prova que a pessoa não poderia permanecer “diante de Deus”.
                   Finalmente, ir à guerra é permanecer diante de Deus ou andar nas pegadas de Cristo? Se for, então deixemos que os cristãos façam isso; mas se não for então o que fazer????
                  (C.H.Mackintosh –“Things  New and Old”Vol.19,pg.55 Fev.1876)

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